quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A vida / A morte

Alô Babilônicos! Convite a filosofar!

A teoria da morte em Pequeno Diário das Coisas Que Não Fiz

Quem já viu nosso espetáculo já deve ter percebido que existe toda uma filosofia por trás dos acontecimentos em torno do nosso Ilustre Personagem. A teoria que a peça traz sobre o que acontece após a morte é bem simples e puramente artística, sem nenhum fundamento, talvez cabimento. Porém é uma reflexão interessante, e o que nos deixa é o nó na cuca sobre se realmente está errada. Ora, o que vem depois da morte jamais os vivos irão saber! Então, quiçá, não é isto o que realmente acontece?

A pequena teoria consiste basicamente na morte, assim como a vida, ser feita de escolhas. Assim, logo que morre, a pessoa pode escolher entre nascer de novo ou viver tudo o que não fez. Nessa escolha, ela é auxiliada por Decisivas, que podem (por que não?) ser anjos. As decisivas a acompanham por toda sua morte. Dessa forma, segue-se em direção à Rodoviária Destino dos Desejos, que encaminhará a pessoa para onde deve passar. Após a rodoviária, passa-se pelas cidades-dos-que-não-fizeram, para viver, na morte, tudo o que não se havia feito na vida.

Dentre os paradoxos que acompanham a teoria, está a possibilidade das pessoas de sono leve voarem no sono e fazerem uma visitinha à morte, voltando com a ajuda de um beliscão. Isso explicaria, por exemplo, as afirmações daqueles que juram de pé junto ter chegado à divisa entre os dois caminhos (luz e trevas) e depois ter voltado à vida.

Por fim, a pessoa, no fim da morte, depois de ter passado por todas as cidades, retorna à Rodoviária e é encaminhado diretamente ao nascimento, apagando suas memórias e comprovando o que a Decisiva diz na peça que “toda viagem é de volta”!